O preço da felicidade
Dizem os especialistas em comportamento que todos aqueles que buscam a felicidade através dos bens materiais, da notoriedade social ou da beleza física ficam particularmente expostos à ansiedade e mais vulneráveis à depressão. Vendo bem as coisas, não é difícil acreditar que assim seja.
Estudos recentes feitos por uma elite de psicólogos que investigaram em treze países diferentes, da Índia à Alemanha, passando pela Rússia e a América, demonstram que a luta incessante para alcançar objectivos exteriores a nós próprios, conduz fatalmente a um enfraquecimento da saúde e favorece o desequilíbrio psicológico.
O mito do milionário feliz cai, mais uma vez, por terra e com ele desabam as convicções de todos aqueles que ainda procuram a felicidade onde ela jamais existirá.
O que este conjunto de estudos comparados provou, a uma escala planetária, é que os indivíduos que buscam acima de tudo a fortuna, são menos descontraídos e felizes do que aqueles que privilegiam as relações harmoniosas com os outros. Parte desta investigação incidiu sobre rapazes e raparigas de 18 a 20 anos e pretendia aferir a importância que os jovens atribuem ao sucesso decorrente da riqueza pessoal. Ficou provado que aqueles que se mostravam mais ansiosos neste aspecto tinham pais muito rígidos, autoritários e com uma relação distante com os filhos.
Secretamente, todos sabemos que ser feliz não é um estado permanente mas antes uma soma de pequenos e grandes momentos da nossa vida. Ou fases, ou anos, não interessa agora medir o tempo médio que pode durar a felicidade de cada um. O que é importante reter é que tudo aquilo que nos faz felizes vem de dentro, está em nós ou nos que estão à nossa volta.
Ter um iate para passar férias, um carro do último modelo, uma mulher espampanante, um marido rico e bonito, um trabalho espectacular, uma casa de sonho e muito dinheiro para viajar e gastar não traduz um estado de felicidade permanente. Pode significar um conjunto de sonhos realizados, uma sucessão de dias (ou meses, ou anos) bem passados mas não implica necessariamente um estádio superior de felicidade. Senão vejamos.
Tal como escreveu Richard Ryan, professor de Psicologia da Universidade de Rochester, no artigo que publicou no «Social Psychology Bulletin» a propósito do estudo em questão, «tudo indica que as pessoas se aproximam cada vez mais dos grandes valores desta época que têm a ver com a realização pessoal, com a capacidade de lidar consigo próprias e com os outros. A importância da valorização pessoal e da qualidade das relações prevalece sobre a necessidade de acumular riqueza e exibir um estatuto». Posto assim e dito por quem diz é tranquilizador. Muito tranquilizador, mesmo. Verifica-se uma espécie de triunfo do ser sobre o parecer. Aos poucos e de forma ainda tímida e incipiente, a mentalidade começa a mudar e a atitude das novas gerações parece ser outra. Mais virada para dentro de si e menos interessada naquilo que os outros reivindicam ou exibem.
Por outras palavras, mais consciente de si própria e da importância de fazer uma evolução interior e menos susceptível de conceder no essencial para obter o acessório.
A avaliar pelas conclusões deste estudo internacional permanecem, no entanto, algumas resistências em lutar para conquistar o bem estar interior e a paz de espírito. As coisas ainda não estão inteiramente firmes e é como se persistisse ainda alguma vergonha de fazer referência às necessidades interiores e espirituais de cada um.
Em todo o caso, por mais longe que estejamos de alcançar a verdadeira felicidade é bom saber que não tem o preço que pensávamos. É infinitamente mais barata!
Estudos recentes feitos por uma elite de psicólogos que investigaram em treze países diferentes, da Índia à Alemanha, passando pela Rússia e a América, demonstram que a luta incessante para alcançar objectivos exteriores a nós próprios, conduz fatalmente a um enfraquecimento da saúde e favorece o desequilíbrio psicológico.
O mito do milionário feliz cai, mais uma vez, por terra e com ele desabam as convicções de todos aqueles que ainda procuram a felicidade onde ela jamais existirá.
O que este conjunto de estudos comparados provou, a uma escala planetária, é que os indivíduos que buscam acima de tudo a fortuna, são menos descontraídos e felizes do que aqueles que privilegiam as relações harmoniosas com os outros. Parte desta investigação incidiu sobre rapazes e raparigas de 18 a 20 anos e pretendia aferir a importância que os jovens atribuem ao sucesso decorrente da riqueza pessoal. Ficou provado que aqueles que se mostravam mais ansiosos neste aspecto tinham pais muito rígidos, autoritários e com uma relação distante com os filhos.
Secretamente, todos sabemos que ser feliz não é um estado permanente mas antes uma soma de pequenos e grandes momentos da nossa vida. Ou fases, ou anos, não interessa agora medir o tempo médio que pode durar a felicidade de cada um. O que é importante reter é que tudo aquilo que nos faz felizes vem de dentro, está em nós ou nos que estão à nossa volta.
Ter um iate para passar férias, um carro do último modelo, uma mulher espampanante, um marido rico e bonito, um trabalho espectacular, uma casa de sonho e muito dinheiro para viajar e gastar não traduz um estado de felicidade permanente. Pode significar um conjunto de sonhos realizados, uma sucessão de dias (ou meses, ou anos) bem passados mas não implica necessariamente um estádio superior de felicidade. Senão vejamos.
Tal como escreveu Richard Ryan, professor de Psicologia da Universidade de Rochester, no artigo que publicou no «Social Psychology Bulletin» a propósito do estudo em questão, «tudo indica que as pessoas se aproximam cada vez mais dos grandes valores desta época que têm a ver com a realização pessoal, com a capacidade de lidar consigo próprias e com os outros. A importância da valorização pessoal e da qualidade das relações prevalece sobre a necessidade de acumular riqueza e exibir um estatuto». Posto assim e dito por quem diz é tranquilizador. Muito tranquilizador, mesmo. Verifica-se uma espécie de triunfo do ser sobre o parecer. Aos poucos e de forma ainda tímida e incipiente, a mentalidade começa a mudar e a atitude das novas gerações parece ser outra. Mais virada para dentro de si e menos interessada naquilo que os outros reivindicam ou exibem.
Por outras palavras, mais consciente de si própria e da importância de fazer uma evolução interior e menos susceptível de conceder no essencial para obter o acessório.
A avaliar pelas conclusões deste estudo internacional permanecem, no entanto, algumas resistências em lutar para conquistar o bem estar interior e a paz de espírito. As coisas ainda não estão inteiramente firmes e é como se persistisse ainda alguma vergonha de fazer referência às necessidades interiores e espirituais de cada um.
Em todo o caso, por mais longe que estejamos de alcançar a verdadeira felicidade é bom saber que não tem o preço que pensávamos. É infinitamente mais barata!
In “Xis ideias para pensar” (Laurinda Alves)
3 comentários:
não mostrem isto ao patrão senão quando pedirem aumento estão mesmo a ver o que ele vai dizer!...em prol da sua felicidade a empresa decidiu manter-lhe o vencimento!!
ehehehe
O mínimo que acontece (quando se pede aumento) é dizerem-te: "Foste aumentado...de trabalho. Recebes o mesmo e trabalhas o dobro!"
Senão há mais quem queira!
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