Pouco tempo depois de Deus criar o homem, todos os órgãos do corpo recém-criado queriam ser o chefe. E os argumentos que cada um deles apresentou para assumir a chefia foram os mais diversos.
O cérebro dizia com a arrogância própria dos cérebros: "Eu penso por todos vocês. Eu sou a inteligência. Eu controlo tudo por meio das acções dos meus neurônios. Então, se alguém aqui tem que ser chefe, esse alguém sou eu."
"Nós é que devemos assumir a chefia, pois somos nós que transportamos todo o corpo aos mais diversos lugares. Ainda que o cérebro queira ir a algum lugar, se nós não quisermos levá-lo então o corpo não vai a lugar algum" falaram as pernas em coro recusando o argumento da cinzenta massa.
E as mãos: "Isso é mentira. Nós executamos todo o trabalho e é com ele que ganhamos dinheiro para o corpo sobreviver. É com esse dinheiro que todo o resto do corpo se mantém. Nós vamos ser o chefe."
"Onde não há sangue não há vida. Quem manda o sangue a todas as partes do corpo sou eu. Portanto, eu devo ser o escolhido". Foi o que o coração falou tentando deixar de lado toda a emoção do momento.
A certa altura, ninguém entendia mais o que os outros falavam, pois todos falavam ao mesmo tempo, até a própria boca. Os pulmões ficaram ofegantes. Os olhos, irritados. O fígado e os rins reclamavam e, até mesmo, os intestinos se manifestaram provocando um grande mal-estar.
De repente, fez-se um inexplicável silêncio e ouviu-se uma voz muito grave e solene:
- Quem vai ser o chefe sou eu.
Quem falava isso era o Cu. E todos deram uma sonora gargalhada. Afinal de contas, ele nunca tinha sido levado a sério. Nunca nada fizera por merecer qualquer atenção, a não ser alguns ruídos ininteligíveis e fedorentos. E merda, muita merda. Mas o Cu insistiu:
- Quem vai ser o chefe sou eu. Querem ver?
E mais não disse. Nem fez. Fechou-se em si mesmo, ou em copas como dizem alguns, numa imagem bem apropriada. Enfim, deixou de funcionar.
Em poucos dias, o cérebro não mais conseguia raciocinar direito. Os olhos ficaram embaçados. As pernas não mais se punham em pé e as
mãos pendiam flácidas sob braços enfraquecidos. As batidas do coração ficaram imperceptíveis de tão débeis. Os pulmões estavam nas últimas. Todos sobreviviam com dificuldade. O corpo estava à beira da da morte.
Sem alternativa, todos os órgãos concordaram em reunir-se ao final do expediente. E todos concordaram que o Cu foi designado, aclamado e aceite por todos como Chefe.
A partir daí, as coisas começaram a se normalizar. Cada uma das partes do corpo fazia o seu trabalho enquanto o Olho do Cu a tudo observava, organizava e dirigia. Mas, principalmente, fazia o que dele se esperava: merda, muita e muita merda.
A partir daí, soube-se que não é necessário ser um cérebro nem ter uma grande inteligência para ser o Chefe. Um simples Cu, que passa todo o tempo a fazer merda, pode muito bem ser o Chefe.
Autor Desconhecido
Este Conto ou História pode muito bem ser reconhecido nos grandes cargos no nosso Portugal. Se não não teriamos um Socratécnico e grandes Jardins foloridos.... :)
Mas quem nunca foi chefe uma vez nada vida... Nem que seja lá em casa.
Mas quem diz chefe, também pode dizer: Presidente, Secretário, Patrão, Dono, Marido, Namorado.... looool (as senhoras vão gostar desta parte...)
Por falar nisso, já viram os indicadores hoje??? eheheh...- Parabéns TPB ;) Uma “pontita” de desgosto!
Curiosidade:
Navegando na internet.
http://google.pt/ pesquisar nas imagens:
dedo indicador.